Ações

sábado, 30 de março de 2013

Tucunaré


Tucunaré, do Tupi "tucun" (árvore) e "aré" (amigo), ou seja, "amigo da árvore", Cichla spp., é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré-vermelho ou tucunaré-pretinho.
Obs. A definição "amigo da árvore", já arraigada entre os pescadores, vem sendo usada de forma equivocada, pois decorre erroneamente de uma tese que sustenta o pescador ambientalista, Domingos Fiorante Bomediano, a partir da idéia de que a maioria das palavras indígenas, sobretudo tupis-guaranis, surgem da junção de outras duas ou mais palavras. Assim sendo, "tucunaré" nada mais seria do que a junção de "tucum" e "aré", sendo a primeira palavra para designar uma palmeira muito espinhenta, comum nas barrancas dos rios e, a segunda palavra, para designar "amigo", que por extensão, leva a amizade, familiaridade, que por sua vez, conduz finalmente a "semelhança". Então, partindo desta suposição, conclui o pescador que tucunaré deve significar "semelhante ao tucum", pois o tucunaré tem a nadadeira dorsal raiada de espinhos cuja ação é bastante dolorida, a ponto de remeter à lembrança da famosa palmeira espinhenta.
Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e são peixes osseos.
Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qualquer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés perseguem a presa até conseguir o sucesso.
O tucunaré é um peixe popular em pesca desportiva. A espécie C. orinocensis foi introduzida em Singapura com este mesmo propósito, mas com consequências trágicas para a fauna endémica da região.
fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Tucunar%C3%A9

sexta-feira, 22 de março de 2013

Sine em Parceria com Sintraf-ssbv realizam recepção de seguro desemprego do Pescador Artesanal.

O Sine e Sintraf-ssbv estão realizando hoje no Espaço Malocão Opção, localizado na Av. Beira Mar a recepção do seguro Defeso do Pescador Artezanal 2012/2013.
 
Segundo o Presidente do Sintraf-ssbv  Senhor Jose Alex Meireles Costa  " acredito que nos ultimos anos de recepção do seguro defeso dos pescadores, eu, ainda não tinha visto uma equipe com tamanha tranquilidade em administrarem as dificuldades  e eficiencia nas operações. 
Tenho somente a agradecer todos os servidores do Sine que estão aqui fazendo a recepção e em especial o coordenador dos trabalhos senhor Francicley que tem arduamente se desdobrados para atender todos as nossas demanda..."
A recepção no Sintraf-ssbv vai até o dia 23 de março de 2013 as 17:00hs no local acima especificado. Os pescadores em condições de serem recepcionados teram que apresentar documentos de identificação com foto, comprovante de residencia atualizado, inscrição da previdencia social(nit), cadastro especifico da previdencia social(cei), numero do programa de inscrição social(pis) ou numero de inscrição social(Nis), carteira de pescador(rgp) e gia da previdencia social(gps) pago.






quinta-feira, 14 de março de 2013

Recepção do Defeso São Sebastião da Boa Vista.

Comunicado.

O SINTRAFSSBV, na pessoa do seu presidente  senhor Jose Alex M. costa, vem por meio deste comunicar a todos os associados e associadas que a recepção do Seguro defeso referência 2012/2013 será realizado nos dia 22 e 23 de Março do corrente ano no espaço Malocão Opção, localizado a Beira Mar aparti das 8:00h até as 17:00h de cada dia...
Para mais Informações Procure a sede do Sintrafssbv, localizada na Rua Duque de Caxias.
obs: se faz necessario os pescadores apresentarem durante o processo de recepção do defeso documentos originais.

Piraíba e filhote

Nome popular: Piraíba, filhote.
Nome científico: Brachyplathystoma filamentosum.
Descrição: Peixe de couro. A coloração é escura, a cabeça grande e os olhos pequenos. Pode pesar 300kg e medir cerca de 2m de comprimento, mas atualmente os exemplares capturados pesam abaixo de 10kg. Indivíduos pesando até 60kg são conhecidos como filhote.
Ecologia: Ocorre em lugares profundos, poços ou remansos, saídas de corredeiras e confluência dos grandes rios. Não é um peixe muito procurado pelos pescadores comerciais, pois muitos acreditam que sua carne faz mal e transmite doenças. Além disso, as vísceras e músculos do corpo costumam ficar repletos de parasitas.
Equipamentos: O equipamento empregado é do tipo extrapesado, por causa do tamanho desse peixe. Além disso, um indivíduo de porte médio (cerca de 100 a 150kg) pode levar várias horas brigando até se cansar.
Iscas: Iscas de peixes de escamas ou de couro, pesando de 1 a 6kg, como por exemplo, matrinxã, cachorra e piranhas.
Dicas: Durante várias épocas do ano, é possível observar as piraíbas no canal dos rios, bem na superfície da água, mas não são pescadas. Os caboclos costumam capturar esse peixe na confluência dos rios. Amarram na canoa uma corda bem forte e anzol grande, iscando com um peixe de médio porte e ficam aguardando a chegada do peixe, que, quando fisgado, chega a rebocar a canoa por vários quilômetros. Dependendo da força e tamanho do peixe é necessário cortar a corda para a canoa não virar.
fonte:http://www.angelfire.com/sports/tucunaredourado/piraiba.htm

terça-feira, 5 de março de 2013

Tamuatá, o peixe do mato

"[...] tamuatá [...]. A carne tenra e muito saborosa." Jean de LÉRY. Viagem à Terra do Brasil (1555-1557). São Paulo, EDUSP/ Biblioteca Histórica Brasileira. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Martins Editora, 1972. p. 119 (com referência aos peixes de rio que servem de alimento aos Tupinambás)




Os tamuatás, suas ovas e fígados, aferventados para tirar a armadura e, depois, já despidos e prontos para o preparo.
Pois é, muita gente acertou e isto me deixa feliz. A resposta da charada do post anterior é mesmo tamuatá (cascudo, para alguns). Já tinha mostrado aqui, quando falei de Belém e dei a receita de tamuatá no tucupi. Na semana passada comprei duas vezes o peixe no Mercado da Lapa. Na plaquinha lia-se "caboge", mas não foi difícil reconhecer ali o mesmo tamuatá que comi no Norte - com a diferença que lá a carne era mais colorida. Não é sempre que tem por aqui, por isto aproveitei.
Da espécie Hosplosternum littorale, o tamuatá não é exatamente um cascudo, mas em alguns lugares é chamado assim. E que assim seja. É que as cerca de 250 espécies de cascudos encontrados no Brasil pertencem à família do loricarídeos que agrupa vários gêneros, entre eles Loricaria, Plecostomus, Ancistrus, Xenocara, Otocinclus, Farlowela e outros. Já o tamuatá pertence à família dos calictídeos. Cascudos também apresentam revestimento de placas ósseas, são vegetarianos e têm boca com espículos (ou dentes pontudos) adaptados para raspar a microvegetação de pedras. O tamuatá, que pode ser chamado ainda de tamboatá, camboatá, tamatá, tamoatá, tamutá, caboge, caborja, soldado (basta ver a armadura) ou peixe-do-mato, se alimenta de microorganismos e detritos orgânicos encontrados nos fundos dos rios e lagos. Na Bolívia, é buchere; na Colômbia, hoplo
Imagine um peixe resistente se arrastando pelo mato, pelo mangue, em busca da próxima poça de água. É engraçado, mas acontece com soldadinho tamuatá (que quer dizer peixe bonito). Nas secas, ele se desloca pulando em busca de água. Para isto dispõe de nadadeira peitoral com o primeiro raio duro e forte, em forma de espinho, que ajuda na sustentação. Ou se enterra no lodo durante a seca até a próxima chuva. Isto porque algumas espécies apresentam respiração dupla: aquática e aérea.
Pode ser encontrado em todo o Brasil, mas não é um peixe comercial. Tem importância econômica insignificante, considerado mais como pesca de subsistência. Mesmo nas regiões Norte e Nordeste, onde é mais apreciado, não é unanimidade. Senti isto quando estive em Belém e, no mercado, diante da carne salmão exibida pelos vendedores, alguns faziam cara de nojo e outros de delícia. Alguns preparam com a barrigada por causa do fígado, apreciadíssimo. Foi assim que comi. Gostei muito, mas preferi eviscerá-lo.

Aliás, a dificuldade maior é limpar, porque as placas no lugar de escamas não saem facilmente. É preciso passar em água fervente. Mas o processo é rápido. Outra coisa chata – não para mim - é que, sendo um peixe pequeno (6 a 7 unidades por quilo), os peixeiros do mercado da Lapa não limpam. A vantagem é que podemos separar fígados e eventuais ovas para recheios. No sábado, quando comprei mais um quilo no mercado, encontrei outra admiradora com seu marido comprando o mesmo peixe. Marilu e Marcelo. Ela, maranhense; ele, mineiro. Ela prefere o peixe no leite de coco; ele, frito. Quanto às ovas, concordaram: uma delícia para misturar ao recheio e fritar. No caso do molho com leite de coco, o procedimento é o mesmo que já mostrei na receita da Naza. Para fritar, o peixe é mergulhado inteiro, com placas e tudo, no óleo quente. E, neste caso, o peixe deve ser limpo através de um pequeno corte no pescoço. É mais difícil, mas o recheio fica protegido. Para fazer em molho, a barriga pode ser limpa em campo aberto. E tudo fica mais fácil, inclusive para tirar ovas e fígados.
Bem, a informação do casal veio se somar ao pouco que já sabia e, então, comemos tamuatá dos dois jeitos neste feriado de muito trabalho. Tudo bem, afinal lagosta também dá o mesmo trabalho, custa dez vezes mais e ninguém reclama. Tá certo, a lagosta é superior no sabor, mas o tamuatá não fica muito atrás, não. Os dois jeitos ensinados pelo casal foram aprovadíssimos. O tamuatá no leite de coco, servi com cuscuz de farinha ovinha. O frito, com purê de banana-da-terra e mandioca. O preço? 4 reais o quilo.




Tamuatá no leite de coco

4 tamuatás (cerca de 700 g)
2 colheres (sopa) de óleo de urucum ou azeite
2 dentes de alho picado finamente
1 cebola picada
2 colheres (sopa) de folhas de coentro
1 tomate sem pele picado
Meio pimentão verde picado
2 pimentas vermelhas e ardidas sem sementes picadas
¼ de xícara de água
Sal e pimenta-do-reino a gosto
2 xícaras de leite de coco
Suco de limão Limpe bem os tamuatás, abrindo-os pela barriga e retirando todas as vísceras (separe eventuais ovas e fígados para usar em recheios). Corte as nadadeiras e os barbilhões com uma tesoura. Se quiser, mantenha a cabeça. Eu não quis. Deixe de molho por cerca de 1 hora em 2 litros de água e meia xícara de vinagre. Escorra bem. Numa frigideira, afervente 2 litros de água com 1 colher (chá) de sal. Coloque os peixes quando a água estiver borbulhando. Conte um minuto e vire. Conte mais um minuto e tire do fogo. Tire as cascas, empurrando-a com a ponta de uma faca ou com os dedos. Reserve.
Numa panela, aqueça o óleo de urucum. Doure o alho. Junte a cebola, o coentro, o tomate, o pimentão e a pimenta. Junte a água e deixe amolecer. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Junte o peixe e cubra-o com um pouco do molho. Despeje metade do leite de coco e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos ou até o peixe ficar bem macio. Junte o leite de coco restante e deixe ferver. Confira o sal e corrija, se necessário. Antes de servir, espalhe por cima ervas frescas – coentro, cebolinha e salsinha. Se gostar, acrescente umas gotinhas de limão. Sirva com farinha ou arroz branco.

Rende: 4 porções

Nota: se quiser, antes de tirar a casca, cozinhe por mais tempo, separe o peixe em dois filés, empane e frite. Ou ainda, desfie a carne e use em bolinhos, tortas e casquinhos.

 
Com jambu. Este, fiz parecido. Só que usei água no lugar o leite de coco. E, no final, juntei folhas cozidas de jambu, que tenho plantado no quintal. Também ficou muito bom.

 
 Tamuatá frito recheado com suas ovas 2 tamuatás (380 g)
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Suco de meio limão
2 xícaras de óleo para fritar Recheio
Ovas de 2 tamuatás
2 colheres (sopa) de farinha de mandioca fina
1 colher (sopa) de coentro picado
1 colher (sopa) de salsa e cebolinha picadas
1 dente de alho finamente picado
Meia cebola picada
1 pimenta dedo-de-moça vermelha, sem sementes, picada
¼ de colher (chá) de sal Limpe o tamuatá por uma abertura no pescoço. Corte as nadadeiras e os barbilhões com uma tesoura. Lave bem a cavidade e deixe de molho em água com vinagre (ou limão, ou um pouco de álcool) para tirar o cheiro forte. Enxágüe, escorra. Tempere o peixe por dentro com sal, pimenta-do-reino e suco de limão. Misture todos os ingredientes do recheio até formar uma farofa úmida. Recheie com esta farofa a cavidade dos peixes e faça fritura de imersão em óleo quente. Deixe até dourar dos dois lados. Antes de servir, tire a casca, afastando-a com a ponta de uma faca. Servi com purê improvisado que ficou muito bom. Receita abaixo. Rende: 2 porções
 
Purê de mandioca com banana da terra e cúrcuma

400 g de mandioca
160 g de banana-da-terra
½ colher (sopa) de cúrcuma em pó
1 xícara (chá) de leite de coco
½ colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de manteiga

Cozinhe à parte mandioca e banana, ambas sem casca, com água que cubra e uma pitada de sal (cerca de 30 minutos a mandioca e 15, a banana). Deixe a água quase secar. Descarte os miolos duros da mandioca, junte a banana e homogeneíze com mixer. Junte a cúrcuma, o leite de coco e o sal. Bata bem e leve ao fogo. Deixe começar a ferver. Apague o fogo, junte a manteiga, misturando bem. Prove o sal e corrija, se necessário. Para servir com o peixe.

Rende: 6 porções

font:http://come-se.blogspot.com.br/2009/05/tamuata-o-peixe-do-mato.html 

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