Originária da Ásia, doença é a mais devastadora para plantas de citrus
Foto:
Fundacitrus/Divulgação
Bactéria multiplica-se e é levada por meio do fluxo da seiva para toda a planta
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Produtores de laranja de São Paulo, que concentra 70% da produção nacional, estão substituindo a fruta por cana-de-açúcar. A dificuldade de combate ao greening, doença que desde 2004 tira a tranquilidade do citricultor, é um dos principais motivos.
O Huanglongbing, também conhecido como “HLB” ou greening é a doença mais devastadora para plantas de citrus.
Como ainda não existem medidas para combater a doença, seu manejo tem
sido realizado com o controle do inseto que a transmite, o psilídeo
Diaphorina citri, feito majoritariamente com uso de agrotóxicos.
Entretanto, tais produtos podem trazer sérios riscos ao meio ambiente e
ao agricultor.
Uma pesquisa desenvolvida pela Escola Superior de Agricultura da
Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), pode mudar este cenário.
Alexandre José Ferreira Diniz, pós-graduando em Entomologia, constatou a
eficiência do uso do parasitoide Tamarixia radiata, com o propósito de
combater o D. citri.
O pesquisador observou a ação da praga e da doença em várias
propriedades do Estado de São Paulo e também em laboratório. Por meio da
coleta de ramos de plantas de citros e murta, hospedeiros do psilídeo
dos mesmos campos já infectados pela doença, Diniz identificou as
possibilidades de utilização de T. radiata para controle da praga, além
da melhor condição ambiental para que o parasitoide pudesse agir.
– Em países como o México, já existe investimento em parasitoides por grande parte dos agricultores – comenta Diniz.
Porém, segundo o pesquisador, os métodos de criação do inimigo
natural do D. citri ainda são trabalhosos e realizados de forma manual, o
que acaba onerando o sistema.
– A demanda nacional por este tipo de inseto é cada vez maior, já que
a Tamarixia radiata é capaz de reduzir entre 70 e 80% a praga
transmissora do greening quando liberada em campo, na taxa de 400
indivíduos por hectare – argumenta o pesquisador.
Entendendo o greening
Surgido na Ásia há mais de cem anos, o HLB foi identificado no Brasil
em 2004, nas regiões Centro e Leste do Estado de São Paulo. Hoje, está
presente em todas as regiões citrícolas de São Paulo e pomares de Minas
Gerais e Paraná.
A bactéria multiplica-se e é levada por meio do fluxo da seiva para
toda a planta. Quando há sintomas na extremidade dos galhos, ela pode
ficar alojada em vários pontos, inclusive na parte baixa do tronco e nas
raízes, o que torna a poda inútil e perigosa. Além de não curar a
planta, as brotações que surgem após a poda servem como fonte para novas
infecções.
As árvores novas contaminadas pelo greening não chegam a produzir e
as que produzem sofrem uma grande queda de frutos. Os pomares com alta
incidência da doença devem ser totalmente eliminados porque praticamente
todas as plantas, inclusive as sem sintomas, podem estar contaminadas.
font:http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2013/07/inseto-que-combate-greening-pode-ser-salvacao-das-lavouras-de-citrus-4205995.html
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